quarta-feira, 30 de abril de 2008

Brasil recebe título de grau de investimento pela agência S&P

Da Redação do Uol Economia
Em São Paulo

O Brasil adquiriu nesta quarta-feira o título de grau de investimento pela Agência de Rantig Standard & Poor´s. A nota de crédito (rating) para moeda estrangeira subiu para BBB- com perspectiva estável e a nota para moeda local passou de BBB para BBB+, também com perspectiva estável.

Com esta nova nota, o país entra no grupo de países considerados de baixo risco de inadimplência.

Imposto de Renda: o que fazer quando as ações são desdobradas ou bonificadas?

Por: Rafael de Souza Ribeiro
30/04/08 - 14h05
InfoMoney

SÃO PAULO - No último dia para entrega do Imposto de Renda, muitas dúvidas ainda pairam entre os contribuintes que possuem investimentos em ações.

Diante da legislação que regula a descrição de renda variável, uma das questões freqüentemente levantadas diz respeito aos métodos de declaração quando há desdobramento ou bonificação de uma ação.

Cientes da confusão que permeia o assunto, os instrutores da Uniinvest Gustavo Lobo e João Tarcitano reservam uma parte do curso "Formação de Investidores" para explicar o que fazer diante desses eventos de custódia.

Métodos diferentes

Os instrutores da Uniinvest começam lembrando que, ao contrário do sugerido pelo senso comum, bonificação e desdobramento não são a mesma coisa. Na prática, ambas as operações implicam aumento da quantidade de ações. Porém, as semelhanças param por aí.

A bonificação representa a distribuição de resultados da empresa através da emissão de novas ações, realizada quando da incorporação de reservas ao capital social.

Já o desdobramento, também conhecido pelo termo inglês "split", nada mais é do que a simples divisão de uma ação em várias. Normalmente, a empresa opta por repartir a ação visando ganhos de liquidez, tal como ocorrido recentemente com os papéis da Petrobras.

Um exemplo didático

Para fins didáticos, Gustavo Lobo e João Tarcitano pegam como exemplo um investidor que tenha adquirido mil ações da empresa X em 2006, a um custo total de R$ 1.200. Na declaração do ano corrente, o contribuinte irá declarar na parte de "Bens e Direitos" as mil ações da empresa X, no valor de R$ 1.200.

Se, no ano de 2007, o investidor mantém a posse das mil ações e a empresa X faz um desdobramento de 100%, o acionista deverá alterar na parte de "Bens e Direitos" apenas a quantidade de ações possuídas; no caso, duas mil ações.

Porém, se a empresa X optar por uma bonificação de 100%, o investidor deve fazer mais do que simplesmente duplicar sua quantidade. Nesse caso, existe também um custo contábil, que é publicado na ata da assembléia de deliberação. Esse custo às vezes é nulo, mas nem sempre.

Posto que exista o custo contábil, o contribuinte descreve o valor de sua posição acionária como produto da seguinte conta: R$ 1.200,00 + (quantidade de ações recebidas em bonificação multiplicada pelo valor do custo unitário do bônus).

Além disso, na ficha de "Rendimentos isentos e não tributáveis - Lucros e dividendos recebidos", o investidor também contabiliza o produto da quantidade de ações recebidas em bônus pelo custo unitário de cada bônus, lembra a Uniinvest.

terça-feira, 29 de abril de 2008

GazetaInveste - O comportamento das bolsas

Amigos, selecionei esse texto muito interessante, publicado na Gazeta em 7 de Março de 2007. Vale muito a sua leitura.

7 de Março de 2007 - Ao longo dos meus (quase) 30 anos de experiência profissional, pude verificar a grande dificuldade de se prever, com razoável precisão, as diversas variáveis econômicas, como taxa de juros, câmbio, inflação, crescimento do PIB e bolsa de valores, entre tantas outras. Notei que, ao checar as previsões efetuadas, ano após ano, a margem de acerto é bem baixa.

Quando nos focamos na previsão do comportamento das bolsas de valores, sem dúvida é a que gera mais polêmica, devido à sua alta volatilidade (grau de oscilação), principal variável a dificultar essas projeções. Não é por acaso que o investimento no mercado acionário é considerado renda variável e não renda fixa, ou seja, o grau antecipado de acuidade sobre o valor a ser auferido pelo investidor é muito baixo.

Não estou afirmando que essas projeções devam ser, simplesmente, ignoradas. Recomendo apenas que a leitura dessas análises seja feita com cautela.

Há outros fatores, de natureza psicológica, que dificultam ainda mais a possibilidade de acerto nas projeções. São basicamente duas emoções - neste caso antagônicas - que impedem o investidor de agir com a frieza e racionalidade que as bolsas de valores requerem: a ganância e o medo. A ganância aparece quando os mercados estão em alta forte e o sentimento de que a alta irá persistir indefinidamente se instala, impedindo que o investidor venda realizando lucros e, pior ainda, fazendo-o comprar nesses períodos. Situação inversa, o medo surge nos momentos de baixa, quando o investidor acredita que o mercado continuará a cair indefinidamente e que será possível sempre comprar em condições melhores do que as atuais ou, mais grave, forçando-o a vender nessas ocasiões com receio de que as perdas aumentem.

No caso do mercado de ações, ao contrário de outros ativos, quanto menor o horizonte de análise, maior a dificuldade de previsão. Em suma, no longo prazo o retorno das ações cotadas em bolsa se aproxima do real desempenho das empresas em seus balanços financeiros; isto é, os exageros dos períodos de otimismo e pessimismo que ocorrem, rotineiramente, nas bolsas, têm seus efeitos bem atenuados na performance das ações no longo prazo, diferentemente do impacto no curto prazo.

Ao analisarmos o Índice Bovespa desde a sua criação, no início de 1968, até o final de 2006, constatamos que o rendimento médio real nesse período foi de 9,6% ao ano (acima do IGP-DI). Ao longo desses 39 anos, 16 anos apresentaram alta real superior a 15% ao ano e 11 anos, queda real superior a 15% ao ano.

Esses dados nos indicam, claramente, que o mercado acionário tem períodos cíclicos de otimismo e pessimismo que se compensam ao longo do tempo, sempre trazendo o rendimento médio real para próximo do seu padrão histórico.

Ao trazermos a discussão para os dias atuais, podemos fazer uma simulação estatística da faixa de oscilação do índice para o final de 2007, com 95% de confiança, partindo do Ibovespa, ao final de 2006, de 44.473 pontos. Desse modo, chegaremos a um mínimo de 30.800 pontos e um máximo de 59.600, com ponto médio da curva histórica de 42.800. Nota-se que o Ibovespa já estava acima da sua curva histórica de valorização, em dezembro do ano passado, e pode sofrer uma correção mais à frente.

Mais uma vez, o investidor achará que essa faixa é muito ampla, mas a resposta que cabe é que ela demonstra a realidade dos fatos, em acordo com a volatilidade atual; qualquer outro tipo de projeção, aparentemente mais preciso, carece de rigor técnico e não se sustenta em sucessivas projeções.

Muitos profissionais aleguem, em defesa do processo de alta, que estamos em um novo paradigma, devido ao crescimento acentuado da China nos últimos anos. Mas o que se pode afirmar, é que após quatro anos consecutivos de altas expressivas, fato pouco comum na história do Ibovespa, acumulando ganho real de cerca de 211% no período (2003 a 2006), é muito importante ter cautela ao investir, hoje, no mercado acionário, para não ser surpreendido no futuro.

kicker: O mercado acionário tem períodos cíclicos de otimismo e pessimismo que se compensam ao longo do tempo

(Gazeta Mercantil/Finanças & Mercados - Pág. 3)(Fabio Colombo - Graduado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica-USP e Administrador de Investimentos)

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A Análise Técnica pode ser sua inimiga

Por: Gustavo Lobo
25/04/08

A análise técnica se traduz em uma poderosa ferramenta para se operar nos mercados. Porém o uso indiscriminado dos seus recursos, pode acarretar em baixa performance do trader, e na grande maioria das vezes, a culpa recai sobre o mercado. Por ser altamente capaz de nos fornecer o melhor momento para se efetuar uma compra ou venda, a análise técnica, ou simplesmente AT, fica ainda mais poderosa quando aliamos à uma análise fundamentalista, seja ela setorial, por empresa ou global.

No entanto, a confusão causada pelos vários indicadores, osciladores e demais recursos da AT, embasam a visão do trader, e nos leva a errar.

Operações no mercado financeiro exigem muita dedicação e estudo. Se faz necessário que o trader técnico, ao longo de sua vivencia como operador, crie um banco de dados estatístico de suas operações e ferramentes utilizadas, de modo que sua aprendizagem seja apoiada não somente nos gráficos, mas na sua experiência e feeling. Baseado em sua performance o trader técnico sabe qual o melhor caminho a seguir na hora de montar uma nova estratégia, ou seja, seus dados estatísticos do passado lhe dirão quais ferramentas dentro da AT lhe foram mais favoráveis. E com absoluta certeza, as estratégias mais simples, serão sempre as vencedoras. Por isso, é de grande importância manter o foco na simplicidade e objetividade.

Ao longo do tempo as operações lucrativas tem se mostrados aquelas em que de início entram no lado positivo. Para um operador, não há nada melhor do que acertar logo de cara, assim evitamos outro erro fatal que é o carregamento de operações com prejuízo. É importante não nos iludirmos com os gráficos, sempre achar que o preço voltará ao patamar que pagamos, e nossa análise em hipótese nenhuma pode estar errada.

Volto então ao segundo parágrafo, uma boa análise por meio de gráficos fica ainda mais embasada quando o ambiente da empresa, do setor, os números e a economia como um todo, ou seja, os fundamentos, dão suporte ao que verificamos através dos preços. Essa metodologia tem se mostrado vencedora e de certa forma blindada aos solavancos do mercado.

Gustavo Lobo é administrador pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade Federal de Juiz de Fora. Pós graduado em Estatística pelo Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Juiz de Fora. Atuante no mercado financeiro desde 1999 é Colaborador e colunista do site econômico infomoney e ministra cursos no Opa Cursos

quinta-feira, 24 de abril de 2008

DIVERSIFICAÇÃO

Por: Gustavo Lobo *
24/04/2008

Unanimidade no mercado de ações não é uma coisa muito comum, não seria diferente no caso da diversificação. Para alguns analistas, diversificar a carteira de ações é a solução para minimizar o risco da renda variável, para outros, uma carteira bem distribuída não somente minimiza o risco mas também o retorno, afinal risco e retorno andam em sentidos opostos.

Podemos citar como favorável à diversificação o fato de que o aumento do número de ações nas carteiras traz a proteção necessária, caso alguma coisa saia errado com uma ação ou outra. Esse procedimento padrão, absorve um possível impacto negativo no resultado caso o comportamento nos preços de uma ação não siga o que foi determinado pelo investidor. Chamamos esse risco de não sistêmico, ou seja, o risco de uma empresa ou setor em separado.

Por outro lado, aumentar o número de ações em uma carteira, faz com que o investidor não concentre seu capital nas melhores oportunidades que compõe seu portfólio. Para uma carteira diversificada obter rendimentos acima do mercado, seria necessário que muitas ações que a compõe subissem, o que é mais difícil do que apenas alguma delas.

Outro detalhe diz respeito ao tempo gasto para gestão da carteira pessoal, afinal todo investidor de renda variável deve acompanhar de perto o comportamento dos seus ativos. Acompanhar 10 ações exige um grau de comprometimento, mas acompanhar 30 ações vai exigir do investidor 3 vezes mais. Desta forma a diversificação resulta num maior esforço por parte do investidor.

A diversificação, contudo, não protege o investidor do risco sistêmico, que é o movimento do mercado como um todo. Recentemente, com a crise do subprime, não houve diversificação que segurasse uma baixa em qualquer carteira.

Para os maiores investidores a diversificação é a proteção contra a ignorância. Se o investidor tem certeza de um movimento no mercado, ele deve sim apostar com todas as fichas na sua análise. Mas se o investidor estiver errado ele deve ter a consciência de bater em retirada o mais rápido possível, eliminando assim maiores chances de perda do seu patrimônio.

* Gustavo Lobo é administrador formado pela FEA-UFJF, com especialização em Estatística pelo ICE-UFJF. Lobo atua na área prática do mercado financeiro há 8 anos, fazendo parte da Comunidade InfoMoney de análise técnica

terça-feira, 22 de abril de 2008

O papel do medo na tomada da decisão de investimento






Estamos de volta!

Caros Amigos,

Pedimos desculpas pela inesperada saída do ar do Finanças de A a Z. Estamos retornando com as postagens e agradecemos desde já sua visita.

Em breve teremos novidades por aqui.

Abraços,

Equipe finanças de A a Z.